segunda-feira, 24 de maio de 2010

Perfil do ATP que trabalha nas escolas (I)


Com o objetivo de traçar o perfil do Assistente Técnico-Pedagógico de Santa Catarina, que trabalha nas escolas públicas estaduais foi aplicado um questionário. Os dados obtidos revelam algumas características desse profissional da educação:
1. Quanto à graduação: 55% são formados em Pedagogia; 23,5% são formados em Letras e 21,5% são formados nas demais áreas do conhecimento.
2. 97,7% já possuem Pós-Graduação.
3. 95,5% já exerciam o magistério ao assumirem a função de ATP.
4. 44% continuam atuando como professores em sala de aula.

Um fato bastante conflitante com relação a este cargo, relativamente novo nas escolas estaduais, diz respeito às funções. Como este cargo foi inicialmente criado para atuar nas Secretarias de Educação e Gerências, havia uma relação com 08 funções atribuídas ao cargo. Mais tarde, quando estendeu-se a lotação do ATP para as escolas, a relação de funções teve alguns itens acrescentados,totalizando 20 funções.
A grande maioria dos ATPs, para não dizer todos, chegou às escolas sem nenhum tipo de orientação, de qual seria o seu papel dentro da escola. Baseado na relação que continha as 20 funções, o ATP começou a desenvolver as atividades das quais ele achava que estariam relacionadas com o seu cargo. Assim, o ATP foi conquistando o seu espaço no âmbito escolar.
(Continua...)

Perfil do ATP que trabalha nas escolas ( II)

(...)
Dentre as atividades exercidas pelos ATPs , hoje, nas escolas, podemos destacar: organiza e coordena a Semana Pedagógica, elabora e coordena projetos de cursos de capacitação, atende alunos e pais de alunos, coordena e auxilia eventos que acontecem na escola, organiza as diversas eleições ( grêmio, APP, Conselho Deliberativo), coordena as turmas na falta de professores, coordena e auxilia a escola na participação de diferentes concursos, organiza e coordena as Reuniões Pedagógicas, colabora para manter a biblioteca funcionando, auxilia os professores no uso das tecnologias, organiza e distribui para os alunos os materiais que a escola recebe, organiza cronogramas e calendários, organiza e coordena a matrícula e rematrícula, realiza atividades de ordem administrativa, organiza e coordena o Conselho de Classe, organiza e coordena Reunião de Pais, coordena a elaboração do PPP e Regimento Escolar, etc.
Como se pode observar, o ATP além de realizar as funções que dizem respeito ao seu cargo, ou seja funções PEDAGÓGICAS, acaba exercendo funções de outros segmentos da escola, como da Orientação Educacional, das Assistentes de Educação e da própria Direção da escola. Isso acontece porque a forma como a maioria das escolas está estruturada hoje, não possui membros do quadro de pessoal do magistério, técnico-administrativo e de serviços em número suficiente e permanentemente qualificados para atender a demanda escolar. Por isso o Assistente Técnico-Pedagógico, muitas vezes, é obrigado a deixar de atender o Pedagógico da escola, para auxiliar em outras atividades não pedagógicas.
Pode-se dizer que o Assistente Técnico-Pedagógico é um verdadeiro guerreiro dentro das escolas, pois apesar das dificuldades encontradas no dia-a-dia, tem procurado conquistar o seu espaço, construindo, assim, sua identidade profissional. O ATP acredita na Educação e acredita na Escola Pública de qualidade, por isso não mede esforços para que o seu local de trabalho seja reconhecido como referência na educação.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem Somos Nós?

ASSISTENTE TÉCNICO- PEDAGÓGICO
O cargo para Assistente Técnico-Pedagógico, em SC, foi criado através da Lei 1.139 de 28 de outubro de 1992 para trabalhar nos setores da administração da Secretaria de Educação. Em 10 de março de 2005, através da Lei Complementar 288, ficou determinado que o Assistente Técnico-Pedagógico poderia ter lotação em escolas da rede pública estadual.
Em agosto de 2005, houve o primeiro concurso para Assistente Técnico-Pedagógico para atuar nas escolas públicas de SC. Há de se destacar aqui, que em 2001 houve um concurso para ATP, porém para atuar nos órgãos centrais, como nas Gereds. No entanto, alguns profissionais, remanescentes deste concurso, acabaram tendo sua lotação em escolas.
A primeira chamada do concurso de 2005 aconteceu no final do ano e os profissionais assumiram em fevereiro de 2006.
Chegando às escolas, estes profissionais, que receberam pouca ou nenhuma orientação, buscaram conquistar o seu espaço. Como o próprio nome diz, o Assistente Técnico-Pedagógico deve atuar nas questões relativas ao PEDAGÓGICO da escola.
Todos sabem que o ALUNO é a razão de ser de uma escola e todos os profissionais da educação devem trabalhar para que o aluno obtenha o sucesso escolar. Por isso é necessário que as atividades pedagógicas estejam muito bem planejadas, articuladas e coordenadas. Daí a importância do trabalho desenvolvido por estes profissionais.
Aos poucos, o Assistente Técnico-Pedagógico vem construindo sua identidade profissional, mostrando que as atividades pedagógicas devem ser mais valorizadas e reconhecidas dentro do processo educacional.